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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Perdida e esquecida

Ele estava pronto para o trabalho, prestes a sair de casa. Parou por um instante. Sentia que esquecia algo, mas não sabia dizer o que era. Já havia sentido aquilo diversas vezes e decidiu voltar para procurar e tentar se lembrar.

Procurou em cima da cômoda, por entre suas bagunças e seus lençóis. Não estava lá.

Abaixou e olhou embaixo da cama e dos móveis. Só encontrou poeira.

Não conseguia se lembrar o que era, tinha perdido.

Desistiu de procurar. Mais uma vez não estava mais lá.
Havia perdido sua juventude, quase que sem saber.

Um comentário:

Patricia disse...

Nem perdida, nem esquecida, apenas: vivida e morrida.